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E Deus Criou Lenin

O artigo exposto nessa semana no eSkeptic é sobre a tentativa Soviética de erradicar a religião do povo russo por decreto. A tentativa falhou miseravelmente. O experimento histórico carrega em si importantes lições para os que hoje estudam sistema de crenças em geral e religião em particular: você não pode legislar crenças e fé. Hoje ateistas que estão encorajados pelo chamado do clarim lennonesco de Richard Dawkins ao "imagine no religion" devem ler este artigo (e o livro no qual se baseia) cuidadosamente, e então tentar imaginar outra solução aos problemas causados pelos religiosos extremistas, como outro biólogo evolucionário - Edward O. Wilson - nos advertiu no seu livro vencedor do prêmio Pulitzer, Da Natureza Humana:

Céticos continuam a sustentar a crença que ciência e aprendizado irá banir a religião, que eles consideram não ser nada mais do que um tecido de ilusões.... Hoje, cientistas e outros acadêmicos, organizados em grupos de aprendizado como a Sociedade Humanista da América e Instituto sobre Religião em uma Era de Ciência, promovem pequenas revistas distribuídas por assinatura e organizam campanhas para desacreditar o fundamentalismo Cristão, astrologia e Immanuel Velikovsky. Suas concisas lógicas, endossada por toda a arrogância de laureados do prêmio Nobel, passam como balas de metal na fumaça.
Há algo, certamente, algo profundamente elemental sobre o poder de acreditar.
- Michael Shermer.

Um Impulso Elemental
Religião É Tão Poderosa Que Até A Política Antireligiosa Soviética Falhou

por Paul Gabel

A separação de igreja e estado foi construída pelo estado em que as igrejas mesmas e tudo o que as cercavam, foi instaladas nelas, e pintadas nelas pertencendo ao estado, e a única igreja que sobrou foi a igreja que, de acordo com as Escrituras, vive no coração.
- Alexander Solzhenitsyn.
Enquanto Vladimir Lenin estava refugiado na Europa esperando a revolução, ele capitaneava liberdade de expressão religiosa na Russia. Mas quando ele chegou ao poder em Novembro de 1917, ele reverteu-se ao imperativo marxista de destruição de toda fé religiosa - quer institucional ou psicológica. A Teoria marxista predizia que o fim da guerra de classes iria automaticamente colapsar a superestrutura da religião baseada em classes, e Leon Trotsky dizia que a supersticiosa muzhik russa já estava a beira do ateísmo - tudo o que precisava para o corpo apodrecido colapsar era um bom empurrão (como assassinar o Patriarca Ortodoxo Tikhon). Mas Lenin sabia que a missão não seria fácil.
Enquanto os Bolcheviques trabalhavam para persuadir governos estrangeiros que nenhuma perseguição religiosa existia na Russia, Lenin e a Cheka (polícia secreta) decidiram ajudar o processo automático de Marx prendendo o clero e mandando matá-los, aprisioná-los, ou exilá-los, frequentemente sem julgamento.
O governo espionava os padres, censurava seus sermões, aumentavam seus impostos (como cidadãos improdutivos), e ordenaram eles a viver fora das vilas que serviam. Capturavam igrejas e monastérios, e reabriam como museus anti-religiosos. Aboliram as escolas religiosas e proibiram a educação religiosa até a idade de 18. Quando um desastre de fome atingiu a região de Volga entre 1921 e 1923, os Bolcheviques usaram como uma desculpa para confiscar ouro, prata e pérolas das igrejas - alegando que era para apaziguar a fome mas de fato iam para a os bolsos de comissários - enquanto se recusavam a vender as jóias da coroa do tsar para comprar pão para os famintos. A Igreja Ortodoxa, a Igreja Católica, e outras ofereceram todos os tesouros não consagrados, mas tudo de valor foram retirados dos lugares de culto.
Os bolcheviques promoveram um cisma "progressista" dentro da Igreja Ortodoxa com uma pompa de padres comunistas - afinal, Jesus não uniu a classe trabalhadora da Palestina e ordenou os ricos a oferecer suas riquezas aos pobres? O governo derramou tantos recursos nessa Igreja Viva (em contraste à Igreja morta) que pessoas começaram a chamá-la de Igreja Vermelha. Finalmente, em 1927 essa tática foi abandonada em favor de apoiar o recentemente eleito Patriarca Sergei, que se submeteu a um status de peão.
Paradas selvagens tiveram erupção nas largas cidades, escarnecendo e ridicularizando a celebração cristã do nascimento de Cristo. Jovens, ateístas da classe trabalhadora desfilavam nas ruas carregando efígies de líderes religiosos de cada fé eles poderiam imaginar. Eles se vestiam como padres, monges, rabbis, mullahs, e shamans, enquanto seus companheiros de Parada zombavam e escarneciam deles. Um artigo em Izvestia descreviam alguns dos personagens: Deus abraçando uma mulher nua, a Maria Virgem, o papa em um motorizado carro decorativo abençoando o povo, um monge passeando num caixão cheio de relíquias sagradas, um padre oferecendo-se a casar com qualquer um por um preço, um pastor protestante, um rabino judeu, um Buda de vestes amarelas, Marduk da Babilônia, e um grupo de demônios com longos rabos e chifres vindo atrás.
Por séculos monges estavam fabricando "relíquias" de santos usando papelão, cera, ossos de animais, e pêlo de cabra. Os bolcheviques descobriram essas fraudes e filmaram então as pessoas podiam ver como foram enganadas.A Liga da Juventude Comunista e a Liga dos Sem Deus distribuíram milhões de tratados científicos e anti-religiosos pelo país. Eles substituíram os feriados religiosos por feriados dos trabalhadores - O Dia da Indústria no lugar da Festa da Transfiguração, e Dia da Colheita no lugar da Festa da Intercessão - como se tradições pudessem ser inventadas. E eles organizaram festividades aos domingos para atrair os jovens das Igrejas. Bíblias não podia ser mais impressas ou importadas. Até mesmo o ensino de xadrez foi mobilizado pela causa - enfase na lógica iria certamente minar a fé irracional.
A Igreja Ortodoxa parecia um alvo fácil. Existindo há quase mil anos na Russia, era um produto do sincretismo pagão e Cristão. Os camponeses plantavam figurinos pagãos de pênis nos seus campos para encorajar a fertilidade da colheita e pagavam o padre local para borrifar água benta na colheita para proteger das pestes. A fé não era espiritual mas habitual. Eles trabalhavam durante a semana, bebiam e lutavam nos dias de festas, então confessavam seus pecados e tudo voltava ao mesmo regime em um ciclo sem fim. A maioria considerava padres como mágicos ao invés dos delegados de Deus na Terra. Eles se entregavam naquilo que os Ocidentais pareceriam como as mais imbecis das superstições e raramente rezavam por qualquer coisa exceto por melhor tempo.
Como cada dia ia sem nenhuma retribuição divina, parecia aos bolcheviques que eles estavam certos. Se Deus havia criado Lenin, Ele poderia tê-lo descriado com um estalar dos seus dedos onipotentes. E se Deus verdadeiramente existisse, porque ele não o tinha feito? Certamente o partido cruzou todos os limites que que o Todo-Poderoso teria dado ao comportamento humano. Até lhes parecia que excederam a transgressão de Eva, entretanto seus líderes não haviam sido banidos do Eden, se tornados em pilares de sal, ou consumidos pelo fogo.
Entretanto nos dias de fragilidade ideológica eles devem ter se sentido como os cristãos primitivos esperando diariamente pela Segunda Vinda que nunca veio. Teve até mesmo um avivamento da igreja durante o ano de 1920, pelo tanto de cidadãos - especialmente a intelligentsia  -  que redescobriram o que eles haviam perdido. Nikolai Bukharin escreveu palavras em 1919 o que ele poderia igualmente ter escrito em 1991, quando o experimento comunista acabou.
Era comparativamente fácil para a autoridade proletária afetar a separação da igreja do estado e da escola da igreja, e essas mudanças foram feitas quase sem dor. É muito mais difícil lutar com os preconceitos religiosos que já estão profundamente enraizados na consciência das massas no qual se agarram-se à vida de forma obstinada.

A Longa Caminhada

Religião é como um prego: quanto mais forte você bate, mais profundo ele adentra. Nossos esforços deviam ter sido direcionados em puxar para fora.
- Anatoly Lunacharsky, Comissário do Esclarecimento
Enquanto os comunistas governavam a Russia, religião (cristãos e outros) nunca morreram. Tiveram seus recuos, certamente - não havia muitos padres, muitas igrejas foram fechadas, e era perigoso ser muito vocal sobre idéias religiosas - mas emoções religiosas se enterraram profundamente na mente coletiva da Russia.
Em 1936 Stalin sentiu que ele devia fazer progresso no front antireligioso, mas rumores circulavam que por volta de 40 a 45 por cento da população permanecia religiosa. Indo bem no processo de eliminar todos os rivais ao poder, ele estava com um humor tolerante. Participando de um encontro na composição da Constituição de 1936, ele comentou: "Porque o clero deve ser socialmente excluído? Nem todos eles são desleais." . Entretanto, o censo nacional de 1937 revelou uma surpreendente permanência do sentimento religioso; aparentemente muitos ousaram marcar na caixa "crente" como um protesto silencioso, e muitos que eram indiferentes quanto a religião não conseguiram chegar a marcar a caixa "descrente". Stalin estava furioso. Ele só poderia evitar o constrangimento recusando-se a publicar os números exatos, através de sumir com 50 milhões de crentes. Outra fonte ocidental reportou que 57 por cento disse ter status de crente, o que se verídico aumentaria o número para 80 milhões de pessoas. Essas figuras foram chocantes quando nós consideramos que os nomes dos respondentes estava nos formulários.
Porque essa persistência religiosa? Comunistas, obcecados com ciência, aproximaram-se das igrejas da Russia como se elas fossem um produto de ciência mal formada. Eles acreditavam que se eles pudessem simplesmente educar a população na "ciência correta," religião sumiria. Daí que eles arranharam a religião na sua superfície, expondo contradições internas, revelando as origens dos deuses em medos do homem primitivo da forças da natureza e ridicularizando a existência de milagres.
Embora esse método, vindo da falta de apreciação dos profundos aspectos psicológicos da religião, teve efeito em alguns indivíduos, não pode penetrar na psicologia social das massas. Robert Casey, escrevendo em 1946, usou uma metáfora diferente: "Os soviéticos realizaram pouco mais do que um podador que corta as folhas e galhos em excesso das árvores. O resultado à longa distância foi encorajar um crescimento mais saudável." Durante a Grande Guerra Patriótica de 1940, Stalin até chegou a apelar à fé do povo para manter o país unido contra o assalto de Hitler.
Em 1960 Nikita khrushchev, irritado com a falta de progresso antireligioso, ordenou uma nova repressão nas igrejas e seu clero. Compelatemente sem imaginação (nunca um ponto forte dos socialistas), todas as mesmas táticas que falharam foram regurgitadas a serem tentadas de novo. Crentes somente ficaram em oculto e esperaram - o tempo estava do lado deles.
Eventualmente, como um modo de vida pós-guerra avançou, russos desenvolveram uma certa apatia pela igreja, mas isso não pareceu ser um resultado dos prognósticos marxistas ou táticas bolcheviques - em vez disso espelha as experiências européias ocidentais que menos sofrimento leva a menos comparecimento à igreja.
Desculpas abundaram. Nos primeiros dias, falhas do front anti-religioso foram atribuídas à dificuldades práticas com implementação: caixilhos treinados inadequadamente, organização ruim, trabalhadores preguiçosos e problemas de comunicação. Então os apologistas soviéticos selaram a sobrevivência da religião na transferência dos tempos czaristas. Marx predizia que a vida pós-revolucionária "seria estampada com as marcas de nascimento da velha sociedade cuja tumba ela emergiu". Essa ainda parecia uma explicação razoável da persistência religiosa quando Emelyan Yaroslavsky, chefe da Liga dos sem-Deus, usou em 1923:

O espírito humano é caracterizado pela inércia. embora o corpo já se encontra em novas relações de labor, a mente se atrasa em compreender as novas formas. Tradições, lendas, tiveram sua influência nos cérebros dos vivos.
A contribuição de Stalin à fábrica de desculpas marxistas foi sua "cercado pelo capitalismo" teoria, argumentando que desde que a Revolução devia ser internacional ela não veio a fruir enquanto nações capitalistas existiam na periferia Soviética. Enquanto a URSS era temporariamente um mero enclave do socialismo aguardando pela vitória mundial ultimata, seria de esperar que a havia restado alguma vida de religião dentro do país.

A Caminhada Ainda Mais Longa

Tão longo um homem permanece livre ele luta por nada tão incessamente e dolorosamente como encontrar alguém para cultuar.
- O Grande Inquisidor em Os Irmãos Karamazov de Dostoievsky.
Após dezenas de milhares de anos é algo como uma vida (coletiva) sem religião possível? Conseguiu o bolchevismo uma chance de eliminar esse arcaico modo de pensar do mapa da Russia e das mentes do seu povo? Apesar de suas mancadas táticas, havia ali razões para falhas além de seu controle - razões que líderes menos cegos ideologicamente poderiam razoavelmente ter esperado compreender, ou pelo menos ter notado? Está ali um impulso elementar para algum tipo de culto?
O reformador Protestante João Calvino acreditava que havia um semen religionis - uma semente religiosa comum a toda humanidade que, quando expressa, poderia remanescer pura (como em sua denominação) ou ser corrompida (como no Romanismo). O filósofo alemão Rudolph Otto chamou isso de sensus numinis - um senso inato de temor e saudade do mundo exterior que era a base de todos os conceitos de deus. Julian Huxley argumenta que religião é "uma função da natureza humana", mas Tolstoi acolheu uma universalidade de experiências religiosas que nada havia em comum com as forças da natureza. Era baseado, assim pensava, no reconhecimento do homem de sua insignificância, seu isolamento e sua pecaminosidade.
Neurocientistas modernos tem até encontrado que a estimulação de certos neurônios no sistema temporal/límbico do cérebro pode produzir intensa sensação de alegria e visões de estar na presença de Deus.
Minha teoria pessoal, que é tão plausível quanto improvável como qualquer outra, é que o sentido religioso existe como uma conseqüência do processo evolucionário. Por milhões de anos hominídeos com cérebros grandes foram favorecidos pela sua habilidade de interagir socialmente, comunicar linguisticamente, e obter comida. Conquanto poder computacional expandia, esses mesmo cérebros incidentalmente adquiriram a habilidade de compreender sua solidão no enorme mundo e a antecipar suas próprias mortes. Estes que não podiam imaginar um propósito na vida passaram a viver menos propositadamente e foram marginalmente menos prováveis de sobreviver à idade reprodutiva, ou até mesmo estarem interessados na reprodução. Como pessoas sem propósito foram eliminadas do tanque dos genes, crescentes grandes porcentagens da população sobrevivente foram capazes de dirigir suas poderosas mentes a pensamentos de deuses, cuja mesma "existência" se tornaria o propósito da vida. O Homem se tornaria um animal que não mais poderia "viver em um mundo no qual é incapaz de compreender. O Neo-conservador Irving Kristol observou:

Se há um fato indisputável sobre a condição humana é que nenhuma comunidade pode sobreviver se persuadida - ou mesmo se suspeitar - que seus membros estão vivendo vidas sem significado em um universo sem significado.
Talvez sabemos demais para nosso próprio bem.
Outra explicação para a universalidade da religião que eu acho atraente imagina a religião como uma extensão de transmissão da credulidade ou impressionabilidade que uma criança necessita para aprender linguagem e cultura. Uma criança precisa ter a capacidade de confiar em qualquer coisa que os adultos em sua volta como verdadeiro e útil. É similar ao processo de neotênia (a retenção de características juvenis em animais adultos). Assim como milhares de anos lobos/cães foram selecionados pelo homem por reterem suas adoráveis características juvenis e pela obediência, retendo isso na vida adulta, a aceitação humana infantil - provendo "respostas" ao desconhecido" - gradualmente estendeu na vida adulta na forma de religião. Fé pode ser simplesmente uma extensão de um traço adaptativo, com padres ("pais") como guias.
Independente de qualquer teoria antropológica das origens da religião, a ubiquidade de um sentido religioso não pode ser negado. Escrevendo em 1930, o antropólogo Ruth Benedict concluiu:

Não importa quão exótica uma sociedade que o viajante tem vagado, ele ainda encontra a distinção [entre religião e não religião] feita, e é universal. Não há um monografia em existência que não agrupa uma certa classe de fatos como religião, e não há nenhum registro de viajantes... que não indicam essa categoria.
Michael Bakunin assumiu esse problema em seu Deus e o Estado (1871), onde ele aponta que a universalidade é não mais uma prova de validade do que a crença comum que o sol gira em torno da terra prova que ele o faz. Escrevendo no atual mundo pós-darwinistas, ele via a universalidade religiosa como um estágio no desenvolvimento humano dos animais e apoiava o estudo da religião somente como um método de suplantá-la conforme a mente humana progredia. Não obstante, Bakunin admitia a onipresença e necessidade da fé no mundo moderno. "Nada", ele escreve" é tão universal ou antigo como o iníquo e absurdo."
Nicolas Berdyaev (junto com o Grande Inquisidor) assertivou que o homem era por natureza um ser espiritual e que "a alma do homem não pode viver vazia de religião." Nada pode tirar dele o impulso de venerar e adorar algo maior que seu mero ser. Há um imperativo em direção ao sobre-humano.
Universalidade dentro de sociedades implica a natureza inerente de um comportamento ou traço. É claro, o que aplica às sociedades não necessariamente se aplica a cada indivíduo dessa sociedade. Há certos desejos sexuais naturais que podem (algumas vezes) ser superados por votos de abstinência; presumivelmente há monges e freira celibatárias, embora eu duvido que há alguma que nunca entreteve uma fantasia sexual desde o dia de seus votos. Um amor biofílico evoluido de terras pastorais com água fresca movente podem ser superadas por um desejo individual de viver no deserto. Na mesma maneira indivíduos jurados à racionalidade e humanismo pode superar uma tendência à natureza religiosa; sociedades modernas contem uma significante minoria de descrentes. (os bolcheviques parecem ter efetuado isso, exceto por um conhecimento limitado de "Construtores de  Deues," que tentaram criar uma nova religião do comunismo então eles poderiam preencher a lacuna que eles mesmos criaram.)
Se fé é inerente à condição humana, então os bolcheviques estavam condenados desde o início, porque seu objetivo não era somente a destruição física dos edifícios da igreja ou a destruição legal das instituições religiosas, mas o esvaziamento das mentes de mesmo a possibilidade de pensamento religioso ou emoção. Marx, Engels e Lenin, claro, rejeitaram a premissa de uma natureza humana religiosa, argumentando que desde que separação social e classes econômicas emergiram, religião não se tornou nada mais do que uma ferramenta da classe dominante. A rejeição bolchevique ao inatismo é o que levaram eles a uma busca sem esperança.
Cinco anos após os comunistas perderem controle da grande Russia - após décadas de paradas antireligiosas, propagandas sem fim, e perseguição cruel - A Ortodoxia Russa ainda reivindicam (ao menos nominalmente) quase 72 por cento da população e "sem afiliação religiosa" reivindica menos que 19 por cento, o que é dificilmente a figura na América, onde não ocorreu cruzada antireligiosa do tipo. Isso nos conta algo significante sobre a natureza religiosa de nossas naturezas.
Paul gabel é o autor de E Deus Criou Lenin: Marxismo vs. Religião na Russia, 1917-1929.

Traduzido daqui, referências no artigo original.

Esse é um dos artigos que considero devocionais, apesar de ser escrito por um cético cuja virtude é não se esquivar de assumir os abusos que o ateísmo causou, é demonstrado por todo o texto o assombro e a vitória da fé. Ainda mais sobre a brutal perseguição comunista aos cristãos aqui.

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